5.7. Escorregamento em Aresta(Cunha) e em Hélice(Parafuso)

A passagem de uma deslocação através do cristal resulta num movimento relativo de uma parte do cristal, com referência à outra parte. Quando a deslocação se move num plano que contém o vetor deslocação t e o vetor de Burgers b, o processo é chamado escorregamento. O processo de escorregamento está ilustrado na animação da Figura 5.i, para uma deslocação em aresta pura (Figura 5.i.1) e uma em hélice pura (Figura 5.i.2), embora, em geral, seja mais provável ocorrer escorregamento pela expansão de um circuito de deslocação num plano de escorregamento. As deslocações da Figura 5.i têm o mesmo valor de Burgers, de modo que provocam escorregamentos de mesmo valor e direção. Se a deslocação se move em para qualquer outro plano, o processo é chamado de escalada (em inglês “climb”).

Fig. 5.i.1. Animação, em perspectiva (3D), do escorregamento resultante do movimento (da direita para a esquerda) de uma deslocação em aresta pura, através de uma rede cúbica simples.

Fig. 5.i.2 Animação, em perspectiva (3D), do escorregamento resultante do movimento (da frente para trás) de uma deslocação em hélice pura, através de uma rede cúbica simples.