3.12. Cristais Moleculares (III)

A maioria dos polímeros, que têm mais de duas espécies de átomos, tem cadeias tão irregulares que eles não se cristalizam. Entretanto, há alguns, como o cloreto de polivinilideno e politetrafluoroetileno (Teflon), que têm seções transversais simétricas (Figura 3.t), de modo que se cristalizam facilmente. É também possível que um polímero seja quimicamente complexo e ainda ter tal estrutura simétrica que se cristalize. Um exemplo é a celulose (Figura 3.u), a principal molécula de que são feitos os vegetais e importantes materiais como a madeira e os tecidos de algodão. O modo como o oxigênio liga os anéis de hidrocarbonetos mantém retas as cadeias de celulose e favorece a cristalização.

Figura 3.t. Os arranjos atômicos em cadeias de polímeros de (a) cloreto de polivinilideno e (b) politetrafluoroetileno (Teflon). A regularidade de cada cadeia favorece a cristalização.

Figura 3.u. (a) Arranjo atômico numa cadeia de celulose. (b) Representação mais esquemática da cadeia de celulose. (c) Arranjo das cadeias de celulose numa célula unitária do cristal de celulose.